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Vale a pena investir em educação financeira empresarial?

Sim, vale. E os motivos para isso são muitos. Primeiro por que com uma educação financeira empresarial você evita erros muito comuns na gestão das empresas brasileiras. Você sabia que, no Brasil, de cada dez empresas, seis fecham as portas antes mesmo de completarem cinco anos?

Um dos motivos para esse número ser tão elevado é a falta de experiência dos gestores em termos de finanças. Como eles não sabem lidar com questões como a contabilidade nem com as inúmeras obrigações legais que cercam o empreendimento, sua relação com os resultados financeiros dificilmente é realista. O que faz com que suas chances de passar por qualquer eventualidade com segurança acabem sendo menores.

Conheça outros motivos para investir educação financeira empresarial:

1. Possibilita a previsão de cenários

Imagine saber com antecedência da crise financeira que se abateu sobre o país nos últimos anos. Pois saiba que isso não seria nenhum absurdo. Isso porque no restante do mundo ela já vinha fazendo estragos desde 2008. Mesmo que a economia nacional estivesse de vento em popa, era possível saber que mais cedo ou mais tarde os impactos atingiriam o Brasil. Sendo assim, por que tantas empresas foram surpreendidas daquela maneira?

A resposta está na falta de visão. Ao  se concentrarem somente nas tarefas diárias, os gestores acabaram fechando seus olhos para o cenário que se apresentava. Assim, deixaram de se preparar para a fase difícil que viria em seguida. Consequência: queda nas vendas, dívidas, atrasos e inevitável quebradeira.

Portanto, uma educação financeira empresarial faz com que você visualize o futuro com critérios mais racionais de acordo com o que o presente apresenta. Assim é possível tornar as decisões a serem tomadas mais realistas.

2. Facilita a atuação estratégica

A companhia passa a funcionar de maneira estratégica quando cada ação é calculada em função de um objetivo maior. Isso é importante, uma vez que faz com que cada setor do empreendimento atue de maneira direcionada.

Boa parte das pequenas empresas brasileiras acabam tendo problemas por conta disso. Como sua atuação não é estratégica, elas acabam tendo departamentos que funcionam totalmente alheios uns aos outros. Isso atrapalha o resultado final, tornando-o insatisfatório.

A educação financeira permite a definição de planos de forma estratégica, fazendo com que cada ação aconteça em função de objetivos maiores. Dessa forma, levando a empresa a resultados cada vez mais significativos.

3. Permite um melhor controle de gastos

Uma educação financeira permite que, até mesmo o gestor mais atarefado, evite gastos desnecessários. Isso porque boa parte desse desperdício têm a ver com a falta de conhecimento em relação às possibilidades do mercado.

É preciso que cada custo ofereça benefícios para a organização no longo prazo. Nesse sentido, os gastos se transformam em investimentos. Assim, de maneira calculada, existe retorno através da diminuição de despesas ou aumento de receita do negócio.

Quando o gestor não atua com esse tipo de raciocínio, dificilmente ele evita o surgimento de gastos desnecessários, podendo comprometer sua companhia mesmo quando ela se vê diante de oportunidades no mercado.

Com a educação financeira empresarial, o controle se torna mais rígido e eficiente, pois a gestão terá critérios para agir.

4. Facilita uma boa gestão do fluxo de caixa

É preciso ter um conhecimento adequado de finanças para lidar com as contas de sua empresa de maneira correta. Do contrário, é possível que as contas acabem desorganizadas e todo procedimento se torne muito mais difícil de ser realizado.

Sendo assim, as contas devem ser devidamente registradas de maneira segura e ao mesmo tempo acessível.

Com boa organização em relação às entradas e saídas, bem como o patrimônio da empresa e seus investimentos, fica mais fácil fazer a análise periódica do fluxo de caixa para que, em função das metas estabelecidas, você tenha condições de garantir a saúde financeira de sua empresa.

Esse tipo de disciplina dificilmente é encontrada em empreendimentos comandados por pessoas sem experiência e que não investem em educação financeira empresarial. Já quando o empreendedor procura se aprofundar nesse tema, é comum ver o crescimento de sua organização acontecer de maneira ordenada.

5. Evita a confusão entre contas da empresa e as pessoais

Uma educação financeira garante a você não atuar como um adversário no processo de crescimento de sua própria empresa. Isso acontece muito quando o gestor ou seus sócios confundem as coisas e acabem usando o dinheiro da companhia para fins pessoais.

Quando essa prática sai do controle, ela pode trazer prejuízos irreversíveis.

Uma solução comum adotada pelo gestor educado financeiramente é estabelecer um valor para retirar do caixa da empresa mensalmente como seu salário. É o chamado pró-labore, valor definido para que os sócios não comprometam a saúde financeira da companhia tirando dela mais do que o necessário.

Com disciplina, respeitando esse limite, seja em momentos bons ou ruins, você tem como garantir critérios para o crescimento da empresa sem passar por dificuldades em sua vida pessoal. Uma sugestão é criar uma conta bancária para o negócio de maneira separada de sua conta pessoal para que essa organização seja mais eficiente.

6. Permite a criação de uma estratégia para evitar dívidas e juros

O empreendedor educado financeiramente tem ferramentas não somente para lidar melhor com seu fluxo de caixa, mas também para encontrar no mercado opções interessantes para investimentos e soluções de problemas emergenciais.

Por meio de pesquisas em busca de possibilidades mais vantajosas para o seu empreendimento, ele consegue reduzir os custos, aumentar o prazo de pagamentos e evitar os juros altos que podem comprometer suas atividades.

Além disso, o gestor tem recursos para negociar possibilidades diferentes que dependem do crédito no mercado para serem validadas. Com uma gestão segura, as possibilidades tendem a se abrir.

Samuel M Basso

Mais de 16 anos de experiência na área de tecnologia da informação Samuel é um executivo de negócios de TI, empresário e professor. Tem uma grande experiência em análise e desenvolvimento de sistemas de gestão, marketing digital, consultor de micro e pequenas empresas.

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